Falar de Filosofia para quem gosta desta área do conhecimento humano é muito fácil ou, talvez seja, porém, quem não aprendeu a gostar mesmo em pleno 3º Milênio é complicado (obscuro ainda mais se pensarmos que contradiz as múltiplas competências e habilidades que o homem moderno tem que se adequar para sobreviver em meio à concorrência que é posto a todo o momento), sobretudo, parte devido a tantos estímulos visuais e auditivos que crianças, jovens e adultos estão sendo expostos, excitações que visam na maioria dos casos apenas o lazer, o divertimento e a incitação a sexualidade como forma de preencher frustrações, conflitos e angústias existenciais.
Vemos uma mídia que “dita” (Dic. Aurélio – ditar = impor) como numa ditadura, o que as pessoas devem assistir, ouvir, digerir e serem ou terem, pois o verbo “Ter” está mandando na situação. Convivemos com pessoas cada vez mais vulgares, ignorantes, inóspitas que teem prazer em bisbilhotar a vida alheia (reality show e certamente a vida do vizinho) e si vangloria mostrando o som do carro com a música da “bicicletinha”, dentre outras. Tudo em prol do não questionamento, do pensamento que é suprimido para dar lugar ao banal, ao frívolo, ao ridículo como forma de beleza e modelo social a ser seguido e, muitos são os seguidores. Está na moda ser ignorante.
O Homem é um ser racional ou, como diria Aristóteles, o “homem é um animal racional”. Mas sobre este juízo vale ressaltar que apenas alguns Homens sabem disso e usam essa racionalidade para conduzi-los a serem o que são e a felicidade como finalidade última de suas vidas. Muitas pessoas buscam a felicidade unicamente no campo das emoções e das paixões, campos que aprisionam e tornam os homens cada vez mais escravos de si mesmos, presos exclusivamente as suas necessidades físicas e caprichos pessoais.
A pergunta que fica é se esse processo de irracionalização, de bestialização perpetuará por mais quanto tempo na história de nossa civilização, pois se for eterno esse movimento farei das palavras de Raul Seixas as minhas, “pare o mundo” que eu também quero descer, mas na próxima galáxia.
Autor: Neuras
Autor: Neuras