Saudações!!!

"O que não sabe é um ignorante, mas o que sabe e não diz nada é um criminoso." Bertolt Brecht

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

O ão de Solidão

Envolto pela escuridão
Percebi a ilusão
Que mesmo em vão
Peço perdão
Porque ficarão
Em minha recordação
A dor do aguilhão
Parecido ao escorpião
Que deu estimulação
A meu coração
E hoje sofro a emoção
Dessa rememoração.

Autor: Neuras

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

políticos.corruptos.br



Diante da tristeza
sorriem
Diante da miséria
vangloriam
Diante do horror
divertem
Diante da tortura
aplaudem.
Diante da alegria
entristecem
Diante da felicidade
invejam
Diante do crítico
emudecem
Diante da honestidade
perdem.
Por quê?

Autor: Neuras

terça-feira, 26 de outubro de 2010

EM BUSCA DE UMA NAÇÃO JUSTA

Ética e Cidadania na construção de um mundo melhor
Falar sobre ética e cidadania, certamente é falar sobre um eixo temático de suma importância numa sociedade, pois, está aí o ponto de ancoragem para o desenvolvimento cultural e organizacional de um grupo, independente do tamanho. Uma cultura elevada está longe ser aquela onde há aparato tecnológico (se assim fosse não veríamos tanta barbárie em países tecnologicamente desenvolvidos), mas sim, aquela em que há respeito, amor, empatia e compaixão pelo outro numa relação altruísta.
Provavelmente nossa era, início de terceiro milênio, seja o período mais carente de reflexão ética e conduta cidadã por parte dos indivíduos que integram nossa sociedade brasileira. Pois, a obtenção de uma postura de reflexão só é possível quando o indivíduo é colocado diante de um desafio, de um problema que o faz pensar, do contrário essa reflexão fica suprimida, em segundo plano ou jamais realizada.
Um indivíduo se torna cidadão na medida em que ele vira um agente social em sua plenitude, onde sua ação é norteada por uma prévia reflexão de seus valores (e dos valores que conduzem sua sociedade) que possam permear o seu grupo. Alguém que seja crítico e comprometido com o todo de sua sociedade, seja ela micro ou macro. Por isso, exercer a cidadania tem seu cunho pautado pelo espaço político que faz a coisa de fato acontecer num ambiente conduzido pelo diálogo e realizado para o bem de todos, ou seja, o bem comum.
Pensamos que somente é possível ser um cidadão ético e, consequentemente politizado, consciente de sua posição/situação no mundo, quando houver um norteador comum a todos, “educação”. Tanto a educação formal, quanto a informal faz-se crucial para o surgimento de cidadãos em uma nação. A forma como é conduzida a educação de um povo é também conduzido os seus valores morais, sua conduta, sua cultura, sua infraestrutura e supraestrutura como entende Karl Marx e, em nossa forma de entender, tudo que se possa existir que esteja ligado ao homem.
Participar nos destinos da sociedade é uma mostra de atitude cidadã que se faz necessária no exercício do direito de voto, mas aparece como fundamental para todo membro da sociedade, que deve ser indivíduo ativo das decisões, sobretudo na busca do bem comum de uma sociedade civilizada e democrática.
Para um indivíduo pensar sobre valores, ele precisa ser educado a essa conduta. Um povo alienado e manipulado pelos meios-de-comunicação ou “embriagado” pelo senso-comum, não é capaz de uma reflexão ética, de exercer a cidadania e criar um espaço político saudável com a participação de todos na busca de valores que sejam verdadeiramente sólidos, que construa uma nação justa e capaz de atender as necessidades de todos por igual. É na relação política que o homem se torna humano, onde ele cria ou destrói o que ele quiser. Mas essa relação só será possível quando todos tiverem consciência da importância que têm na construção do próprio habitat, de tudo que o rodeia e o conduz nas variantes da vida.
Autor: Neuras

QUAL O PERFIL DO PROFESSOR NA ATUALIDADE?

                                O PERFIL DO PROFESSOR NA ATUALIDADE!!!

       Neste início de século, onde a informação tem uma velocidade nunca vista anteriormente na história da civilização, o professor tem um papel peculiar no intercâmbio entre a informação e o conhecimento, talvez até na trilha para aquisição da sabedoria. Porque informação e conhecimento não são sinônimos, assim como conhecimento também não é sabedoria, esta só é na medida em que se torna um conhecimento norteado pela ética (visão clássica de sabedoria para os gregos). O professor na atualidade é muito exigido do que em tempos de outrora, tendo que possuir uma visão ampla de todo seu contexto, do passado e tendo que planejar metas bem claras e reais para o futuro.

       É necessário que se tenha uma visão holística, não ofuscada e enganadora pautada de senso comum, que possa permitir uma análise do contexto geral para a utilização de mecanismos na manutenção do espaço educacional e, porque não dizer também escolar e extraescolar. Pois, o processo educacional inicia tanto dentro quanto fora do ambiente escolar, portanto, não dando pra delimitar ao certo onde cada um inicia ou termina.

       A democracia em sua plenitude faz-se de suma importância para a relação interpessoal na medida em que o diálogo é o mediador e criador de um lugar reservado a busca incessante de conhecimento. Sim, ser democrático neste contexto é valorizar o que todos têm a oferecer e ajudar uns aos outros neste processo que é contínuo e permanente.

       Liderança é preciso. Não é porque todos participam e possuem uma atitude altruísta que não seja necessário a figura de um líder (mediador e conciliador). O professor deve ser um líder, aquele no qual seus pupilos possam se espelhar, seguir e respeitar. Primeiro líder de si mesmo. Pois um desequilibrado dificilmente terá controle de si e muito menos de um ambiente de todos, onde será o palco das discussões na busca do bem maior, o conhecimento e, em seguida a sabedoria. Efetivado essa liderança, ele deve ser comprometido e versátil. Sempre mudando para adequar ao tempo presente, visando o futuro e fiel a proposta educacional.

       Os desafios do 3º milênio estão colocando o professor em situações cada vez mais gigantescas, exigindo uma mobilidade constante. E esse indivíduo tem que estar aberto a encarar esses desafios no intuito de cumprir com a finalidade formadora que sua profissão lhe exige, sempre aprendendo para ensinar e nos seus próprios ensinamentos aprendendo, num movimento dialético ininterrupto. Aquele que tiver medo, certamente será engolido pelo próprio sistema neoliberal que coloca o homem numa situação de competição sem fim. Pois na atualidade, competente é aquele que sabe competir e procura encarar os desafios com naturalidade. Quem omitir esta possibilidade será ultrapassado pelos que se adequarem as exigências do momento.

       O currículo deste profissional deve ser recheado de certificados. Lembrando que os certificados devem ser sinônimos de conhecimento e até mesmo de sabedoria. Porque a idéia de que o papel garante a vaga não se faz mais tanto eficaz, apesar de alguns ainda pensarem que sim. A cultura do papel já está caindo por terra. Agora também é necessário comprovar capacidade para ocupar o posto docente.

       Possuir habilidades cada vez mais emergentes, como línguas estrangeiras, conhecimento tecnológico e técnico-científico, relacionamento interpessoal, respeito, liderança, controle emocional, análise (visão) crítica e holística, busca constante e atualizada, adequação, compromisso, ousadia, trabalho em equipe faz do docente um "super-homem" ou um "super-docente". A aquisição de tantas competências demanda tempo e o mundo não pára para esta obtenção, muitas vezes incomensurável, porque estamos falando de um profissional que é humano, que é racional e também emocional, que é sensitivo e também espiritual, que é social e também econômico. A grande questão que fica em voga diante desta situação é: E o ser humano diante de todas estas competências, suprimido por todas essas exigências, como ficará? Os pais/mães de família, filhos/filhas onde ficarão? Como ficarão? Haverá tempo para o pai ser pai, a mãe ser mãe, o filho ser filho?

       Estamos caminhando para um momento crítico do ser humano. A necessidade de um super profissional na docência, mas um humano sem tempo pra si e para os seus fora do ambiente de trabalho. Onde chegaremos se é que estamos indo a algum lugar? O que prentende o sistema ao sobrecarregar esse Ser Humano profissional da educação?

Autor: Neuras